20 de junho de 2009

Jovens trocam diário de papel pelo computador



Falar, ouvir,trocar mensagens, pesquisar, criar blogs, arquivar informações. Eles são antenados com as possibilidades que a tecnologia oferece.

Memória digital. Os blogs, diários virtuais não param de crescer. Não importa a idade, o sexo ou a profissão - os internautas adoram divulgar conteúdos. São milhares de redatores escrevendo sobre o que vêm à cabeça. Até mesmo uma reportagem.

“Eu criei o meu primeiro blog quando eu era bem pequena. Devia ter uns 12 nos porque eu gostava de uma página toda rosa, falando sobre mim e depois com o tempo eu fui amadurecendo mais e as idéias e hoje eu gosto de escrever sobre coisas que me interessam no dia a dia, de um jeito diferente”, fala Gabriela, 21 anos.

A tecnologia na exibição das fotos também é outra: um porta-retrato digital. As imagens podem ser trocadas via cabo USB quantas vezes quiser.

Nada de discos, cds ou dvds. O repertório musical do designer gráfico Mabuse hoje é totalmente virtual.

“São mais ou menos 90 giga que eu tenho. Na ordem de alguns milhares, centenas de milhares”, conta.

Apaixonado por música, ele afirma que a tecnologia permite a recuperação de obras raras.

“Há 10 anos atrás você só teria acesso através de fundações, museus”, diz.

Poder produzir conteúdos e divulgá-los pro mundo. Com uma pequena câmera na mão e uma super ideia na cabeça, um estudante de 16 anos fez um curta. O vídeo fala sobre a diversidade entre os povos do planeta e foi premiado num concurso internacional.

Vinícius gravou as cenas em casa e editou sozinho o material no computador.

“Hoje em dia qualquer pessoa pode falar e qualquer pessoa pode ouvir também. Iso que é o legal da internet e da democratização dos meios da comunicação: qualquer pessoa poder falar e também ouvirem as outras pessoas”, diz Vinicius Gouveia, estudante de cinema.

Falar, ouvir, trocar mensagens, pesquisar, criar blogs, arquivar informações. Eles são antenados com as possibilidades que a tecnologia oferece.

Até parece que eles já nasceram com uma função que permite mexer com todo tipo de aparelhinho sem o menor esforço. Para eles, tecnologia é como brincadeira.

Essa difusão das idéias em posts, que são as notas dos blogs, nas fotos, nos sites, cria uma espécie de memória coletiva virtual.

“É uma possibilidade de ser uma mídia pessoal, mas ele está dentro de um movimento muito maior que ao meu ver é o que inspira tudo isso: a possibilidade de você propor conteúdo, de você achar gente igual a você, de você falar para os seus iguais, de você criar coletivos de criação”, conta José Afonso Júnior, professor de comunicação.

Para quem nasceu no meio dessa revolução tecnológica, é impossível pensar o mundo sem essas maravilhosas máquinas da interação.

Fonte: Jornal Hoje

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