9 de dezembro de 2010

Simpósio na Mídia - Jornal do Commércio [1]

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Tecnologia // Educação
Pierre Lévy discute futuro da mídia digital em palestra para educadores
Davi Lira Especial para o JC Online

Filósofo tunisiano deixa plateia atônita com suas firmes visões sobre o futuro da informação

Elegante, preciso e visionário. Um dos maiores estudiosos da cibercultura, o professor da Universidade canadense de Ottawa Pierre Lévy, 54 anos, cativou com intensa simpatia e receptividade um público de cerca de 400 estudantes, professores e pesquisadores universitários durante a conferência de abertura do 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologias da Educação, realizada na Concha Acústica da Universidade Federal de Pernambuco, nesta quinta (2), no Recife.

Em exatamente uma hora, o filósofo da informação, com seu inglês pausado e claro, movido a um gelado energizante Redbull, deu mais luz ao ambiente com a palestra "Do opaco ao hipertexto transparente", focada no passado, presente e nas novas perspectivias das mídias digitais. De fato, foi a atividade mais esperada do evento, que propõe a discussão da tecnologia das redes sociais, ferramentas e outros dispositivos no processo educacional. O encontro, que conta com quase 630 participantes, ainda segue até esta sexta (3), momento em que será apresentada grande parte das 337 pesquisas científicas desenvolvidas na área por pesquisadores de todo o País. A vasta programação, que acontece no Centro de Artes e Comunicação da UFPE, é aberta e gratuita para ouvintes.

A Concha Acústica da UFPE abrigou cerca de 400 participantes

O convite para a participação do evento não foi à toa. "Pierre Lévy, para quem não conhece, é o nome mais representativo das reflexões sobre o universo digital. Ninguém melhor do que ele para estar nesse encontro", afirma o organizador do evento, o professor do Departamento de Letras da UFPE Antônio Carlos Xavier. Já o mediador da palestra foi mais além. "Ele é um pesquisador de longo alcance; vê as coisas muito antes que elas aconteçam. Enquanto ele vai de avião, nós vamos a pé", diz o professor da pós-graduação em Letras da Universidade Estadual da Paraíba e da UFPE Sébastien Joachim.

Segundo aponta Sébastien Joachim, a tecnologia por Lévy não seria vista como uma panaceia. "Ele é um poeta pensador, um disseminador do pensamento, e de forma alguma enxerga a tecnologia como algo que vai resolver todos os problemas, inclusive os afetivos, isso não.", diz Joachim, em um misto de sotaque francês com trechos em inglês de um português pouco amigável.

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