22 de abril de 2009

Biblioteca Digital Mundial inaugurada


A ferramenta, desenvolvida em uma parceria da Unesco com bibliotecas nacionais de vários países, oferecerá gratuitamente para internautas de todo o mundo documentos em 40 línguas diferentes.

PARIS – A Biblioteca Digital Mundial (BDM) – um portal gratuito no endereço www.wdl.org, que oferece uma seleção de documentos procedentes das grandes bibliotecas internacionais – foi inaugurada oficialmente ontem na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em Paris. O ato contou com a presença do diretor-geral da entidade, Koichiro Matsuura, e de James H. Billington, diretor da Biblioteca do Congresso americano, uma das principais responsáveis pelo projeto.

A BDM oferece opções de pesquisa e navegação na internet em sete idiomas – inglês, árabe, chinês, espanhol, francês, português e russo – e apresenta conteúdos em mais de 40 línguas.
O projeto foi idealizado em 2005 pela Biblioteca do Congreso dos Estados Unidos, que propôs a organização de uma BDM para oferecer gratuitamente ao público uma ampla gama de livros, mapas, filmes e gravações oriundas de bibliotecas nacionais de todo o mundo.

A biblioteca foi desenvolvida por uma equipe da própria Biblioteca do Congresso Americano, com suporte técnico da Biblioteca de Alexandria, no Egito.

Contou também com a participação da Unesco e de outras 32 instituições associadas, sediadas em países como Arábia Saudita, Brasil, Egito, China, Estados Unidos, Rússia, França, Eslováquia, Iraque, Israel, Japão, Grã-Bretanha, México, Marrocos, Uganda, Catar e África do Sul, entre outros.

Entre os inúmeros tesouros culturais da nova biblioteca digital estão reproduções das mais antigas grafias e fotografias raras da América Latina.
A Unesco sempre considerou as bibliotecas a continuação da escola. “A escola prepara as pessoas para ir às bibliotecas e hoje as bibliotecas se tornaram digitais”, resumiu Abdelaziz Abid, coordenador do projeto.

“Os países emergentes querem ver como isso funciona para criar em seguida bibliotecas digitais nacionais”, destacou Abid, acrescentando que a Unesco proporá ajuda a seus países membros que não tiverem meios técnicos ou financeiros para digitalizar os acervos de suas bibliotecas.
O criação da BDM será acompanhada por uma campanha de mobilização que tentará reunir até o fim de 2009 cerca de 60 países associados.

Publicado em 22.04.2009
Jornal do Commercio - Recife

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