23 de março de 2010

Família conectada



Novidades da tecnologia, que se renovam praticamente todos os dias, estão conquistando pais e filhos ao mesmo tempo. Celulares com internet, videogames que ajudam a se exercitar, audiobooks, cinema 3D e sites da internet estão unindo gerações e deixando os pais com um novo desafio: saber dar limites a si e aos filhos diante do encantamento com tantos lançamentos.

Na casa do engenheiro João Spindola, o iPhone está mais disputado que a TV de plasma da sala. Adquirido há um mês, o aparelho se transformou em atrativo para o filho, Pedro, sete anos, devido à quantidade de aplicativos que contém. Jogos, música, foto, toques diferentes e navegação pela internet são as curiosidades prediletas do menino, que só pode brincar no telefone do pai com autorização dele.

– Estamos adorando, mas tenho de mostrar que tenho o controle da situação. O aparelho é um telefone, e não um brinquedo – explica o engenheiro.

Aos três anos, Isadora de Mattos Lombardo (foto acima, com a mãe) já dá algumas dicas para a mãe quando as duas estão em frente ao computador. Apaixonada pelos quebra-cabeças virtuais, chamados por ela de monta-cabeças, a pequena aprende a identificar sons de animais, ensina os pais a jogar e até a baixar vídeos. Tanta habilidade surgiu com o tempo que passa vendo a mãe trabalhando em frente ao equipamento.

– Ela vê que é a ferramenta de trabalho da mamãe. Aos poucos, fui mostrando para ela alguns joguinhos e brincadeiras e percebi que a internet ajudou a melhorar o raciocínio lógico dela – conta a mãe, a professora de Educação Infantil Marilei de Mattos.

Aos poucos, pais e filhos vão estreitando relações graças às novas tecnologias. Considerados novos imigrantes digitais, por não terem nascido junto ao avanço tecnológico, pais e mães aprendem com os filhos e descobrem novas possibilidades de lazer.

Só que, desde cedo, é preciso colocar uma barreira de limites. Adultos devem ter em mente que são os guardiões e educadores das crianças, e não podem se exceder com o uso de ferramentas digitais – ainda mais porque os pequenos sempre imitam os mais velhos. É preciso saber a hora de parar, controlar o tempo de uso de computadores e videogames e sempre dar uma espiada no conteúdo da tela.

– Assim como um filme ou um desenho, na internet, é importante que os pais estejam ao lado para explicar. Além disso, é preciso saber que as rédeas são sempre dos pais – afirma a psiquiatra e psicoterapeuta Clara Trahtman.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2844924.xml&template=3898.dwt&edition=14337&section=1034

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