16 de novembro de 2009
Mundo viverá em modo beta para sempre, diz Silvio Meira
Num discurso acelerado, o professor Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), defendeu a ideia de que sempre vivemos em redes sociais, mas só agora elas estão virtualizadas e acessíveis a todos, em seu discurso no TEDx São Paulo, na tarde deste sábado.
Meira iniciou sua fala de 15 minutos comentando questões sobre singularidade, presente, passado e futuro. Citou Darwin (que já falava da união do homem em redes para cooperar e garantir sua sobrevivência) e até criou um novo termo ("informaticidade", união de informática e eletricidade).
"Essa é a coisa mais rápida, distribuída e ampla que estamos criando neste século. Tem projetos de informática chegando mais rápido a cidades do interior do que esgoto", comentou o professor. "Isso, claro, deve-se a informação chegando tão simples e rápido quanto ligar uma tomada na parede, e que acontece quando não ocorre um apagão."
Entre 1965 e 2005, a capacidade de processamento pelo mesmo preço aumentou em 1 bilhão de vezes. "O próximo salto ocorre até 2030, e quem acha que já viu tudo não perde por esperar, é sério", mostrou Meira. Isso tudo, de acordo com o professor, muda os processos de educação e aprendizado (curiosamente, o tema mais debatido até então no TEDx São Paulo). "E com 150 milhões de celulares no Brasil e um acesso enorme via lan houses, todo mundo está na mesma web que as pessoas presentes na sala".
"Será um processo de aprendizado contínuo que mistura competição e cooperação, ou 'Coopetição'", disse o cientista. Em alguma conexão com o discurso do advogado Ronaldo Lemos, Meira disse que tudo isso vai levar a um futuro onde o centro perde poder e cresce a periferia, já que "as oportunidades de aprendizado se espalham pela rede".
No seu ponto de vista, a ideia geral de perfeição, por conta desse novo modelo de aprendizado, "vai tornar o mundo em modo beta para sempre, com tudo feito pela colaboração. E esse é o mote essencial das redes sociais, onde vamos viver para sempre", explicou. "Sempre vivemos assim, sempre fomos colaborativos, gregários, conectados, fomos de redes sociais a vida toda. A única diferença agora é que existe um suporte virtual para isso", concluiu ¿ no tempo exato.
Fonte: Terra (Zumo Notícias)
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